domingo, 28 de fevereiro de 2010

A TESE DE ROOSEVELT

A tese de que Cássio Cunha Lima pode ser inelegível eem face da falta de filiação partidária provocada pela cassação do mandanto pelo Tribunal Superior Eleitoral, levantada pelo advogado Roosevelt Vita na edição mais recente da revista A Semana, não é inédita.
Alguns aspectos que chamam a atenção na entrevista de Roosevelt estão num lado e no outro da moeda política. É público, notório e mais do que óbvio que Vita tem um lado - o de Maranhão. Também é público, notório e óbvio que ele é um advogado estudioso, competente e preparado para as funções mais relevantes para as quais possa ser chamado.
O que primeiro salta aos olhos é que Roosevelt finalmente rompeu o silêncio que mantinha há um ano, desde que José Maranhão voltou ao poder, recolocando-se na mídia com a coragem que o tipifica e buscando a polêmica. Se isso é bom ou ruim para o Palácio da Redenção, convenhamos, são outros quinhentos.
O problema é que Vita não iria descer do seu pedestal somente para arrumar confusão com Cássio. O advogado deve saber muito mais do que disse ao pessoal da revista A Semana senão evitaria atuar como profeta de causa perdida. O tempo verbal "desimprimir" não existe e Roosevelt saber que o tempo é o senhor da razão.
Evidente que Cássio vai poder disputar a eleição e, até lá, vai contestar essa tese, até porque ela abre uma brecha no foco mantido pelo ex-governador que é defenestrar a pré-candidatura de Cícero Lucena. Cunha Lima tem que evitar, a todo custo, que seus liderados suponham que estão perdendo tempo em acompanhá-lo.
O objetivo de Roosevelt e de todos os maranhistas é óbvio: devolver a Cássio um pouco do veneno que temd estilado sobre Cícero. O problema é que qualquer resultado prático dessa possível inlegibilidade somente será visto por ocasião da diplomação dos eleitos. O ex-Governador disputará o pleito de outuibro nem que seja sob efeito de liminar.
Um cassista renitente dizia a este locutor que se todos os problemas fossem dessse nível a campanha poderia começar a navegar sob céu de brigadeiro, mas a preocupação são para os terremotos que vem acontecendo: a pré-candidatura de Cícero, a arrogância e prepotência de Ricardo Coutinho e o medo - algo impensável até pouco tempo atrás - que algum escândalo venha à superfície da Prefeitura de João Pessoa entre abril e setembro.
Gato escaldado foge de água fria como Diabo foge da cruz. Um escândalo pode ser pior que a cassação, que o perigo da inelegibilidade, etc. Aí vem o outro lado da questão: o arsenal de Cássio contra Maranhão não inclui artilharia pesada porque o Governo não teve tempo de vida suficiente para errar na mesma dimensão do opositor. E contra Cícero, é óbvio, nem em sonhos Cássio pode torpedear a campanha ou a honra pessoal de Cícero.

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