quarta-feira, 24 de junho de 2009

OPINIÃO

DESRESPEITO E DEMAGOGIA
Quando se diz que alguns parlamentares exercem seus mandatos de forma atabalhoada, como se tivessem caído de um caminhão de mudanças, há quem ache um desrespeito. Não é. Desrespeito é um cidadão receber – ou não – milhares de votos, aboletar-se numa cadeira de deputado federal ou de senador e demonstrar não saber o que está fazendo.
Esse preâmbulo vem a propósito do anúncio, por parte do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), de que apresentará uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) restabelecendo a obrigatoriedade da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A idéia do parlamentar não poderia ser mais infeliz, por ser afrontosa a todos os princípios que devem nortear o exercício da atividade num parlamento.
O sr. Valadares, como outro senador ou deputado, é pago para fazer leis. Nisso todos concordam. E por que? Por se tratar de um princípio constitucional. Se é constitucional, é legal. O que ele pretende fazer é algo digno de um grande mentecapto por se aproveitar de uma situação delicado, envolvendo milhares de jovens, para puxar o saco de alguns por um lado e criar uma situação embaraçosa pelo outro.
Ninguém desconhece que a decisão do STF em acabar com a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista feriu de morte alguns setores que se beneficiavam com essa reserva de mercado inconstitucional, com um dispositivo da ditadura militar que visava apenas restringir a liberdade de expressão. Não se trata, aqui, de discutir o mérito da decisão do STF, mas o ato insano anunciado pelo senador Valadares.
Apresentar uma PEC restabelecendo a exigência do diploma é, pura e simplesmente, demagogia. O dito “representante” de Sergipe no Senado está desdizendo algo que ouvi o próprio dizer, da tribuna, de que “decisão judicial é para ser cumprida”.
A demagogia do senador Valadares é uma afronta, sim, aos princípios jurídicos deste país pois ele tenta dar uma conotação pejorativa às decisões da Suprema Corte do Brasil. Uma decisão, aliás, amparada no maior argumento que poderia refrescar a inteligência do senador, se ele a tivesse: a inconstitucionalidade. Valadares acha que, com um pedaço de papel, pode tornar constitucional o que já foi declarado inconstitucional. E o próprio Valadares, ao assumir o mandato, jurou respeitar a Constituição e o arcabouço jurídico do país. Já se viu que, por oportunismo, está prestes a quebrar o juramento.
Por que o sr. Valadares não teve a mesma iniciativa quando todo o país se levantou contra a decisão do STF no caso da demarcação da área da reserva indígena Raposa Serra do Sol? Por que o sr. Valadares não tentou reverter a decisão do Supremo no caso das células-tronco? Quantos discursos e quantos projetos o sr. Valadares já apresentou condenando os que mataram na guerrilha do Araguaia? Ladino, como todo político esperto, sabia que entraria na contramão de história e atrairia para si a ira de alguns segmentos inteligentes deste país, incluindo a imprensa e as Forças Armadas. através de jogadas demagógicas.
Não se conhece um só projeto de relevância do senador Valadares, mas se conhece acusações da imprensa do Estado dele e de jornais de circulação nacional sobre possíveis atos secretos que ele teria patrocinado em favor de uma senadora. Poderia ter permanecido quieto e calado. O mineiro Fernando Sabino, quando escreveu O Grande Mentecapto, por certo não estava olhando para Segipe, mas poderia estar.

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terça-feira, 23 de junho de 2009

OPINIÃO

GRANDES E PEQUENAS INUTILIDADES
A atividade política é uma das mais inquietas do gênero humano. Inquieta e cara, em todos os sentidos, principalmente para os contribuintes, para aqueles que deixam o suor depositado nos bancos sob a forma impostos. Legal ou ilegalmente, o cidadão termina pagando a conta.
A criação de alguns mecanismos de divertimento dos políticos é legal, mas caro$ para a inutilidade contida em sua essência. Há outras criações, como os atos secretos do Senado, que são caros e hiperilegais, num divertimento que nos empobrece finaceira e moralmente.
Voltando ao mote da inquietação: os políticos não costumam se contentar com o que tem (há duplo sentido nessa expressão). Se conquistam um mandato, imediatamente já pensam em outro. O vereador pensa em ser deputado estadual que, por sua vez, pensa em ser deputado federal que sonha em ser senador, que dorme e acorda pensando em ser governador e, se possível, convencer seu partido de que pode ser presidente ou vice-presidente da República.
Quando não há oportunidade de conseguir a ascensão através das urnas, criam-se mecanismos através dos quais acentua-se o poder – de mando e de barganha. Importante é que o poder não se restrinja ao espaço conquistado, seja na Câmara de Vereadores, na Assembleia, na Câmara dos Deputados, no Senado e por aí vai.
Alguns desses sinônimos de inutilidade podem estar longe – como o Parlasul ou a Unale – ou próximos – como o Parlatino ou o Parlacrem. Não está familiarizado com essas siglas? Vamos lá: Parlasul é o Parlamento do Mercosul, ou seja, senadores e deputados dos países-membros do Mercosul compõem esse colégio que, após alguns anos de funcionamento, o máximo que fez foi consumir dinheiro dos endividados países da América do Sul.
A Unale é a União Nacional das Assembléias Legislativas e não precisa descer a detalhes de que congrega os deputados estaduais de todo o país com a mesma (in) utilidade do Parlasul. Mas os senhores deputados estaduais não ficam satisfeitos em torrar dinheiro do contribuinte com uma entidade nacional e saem em busca de regionalismos.
O Parlatino é o mais recente e vem a ser um tal Parlamento Nordestino cuja (in) utilidade só rivaliza com o Parlasul e com a Unale. Dias atrás quase todos os parlamentares estaduais paraibanos fizeram excelentes viagens de turismo para os Estados do Pará e do Piauí para “participar” de eventos da Unale e do Parlatino. Voltaram cansados de tantas atividades produtivas e que relataram na primeira oportunidade no plenário "José Mari". Você viu e acreditou em tudo o que disseram.
Não pense que a coisa para por aí. Agora os vereadores também resolveram criar uma pequena sucursal do Parlasul, da Unale e do Parlatino. Os chamados “parlamentares mirins” de João Pessoa criaram um certo Parlacrem (nome horroroso, esse!), que auto-intitulou-se de Parlamento da Região Metropolitana de João Pessoa.
É importante destacar que a maioria dos vereadores de João Pessoa, de Bayeux e de Santa Rita – para ficar apenas nos exemplos maiores – pouco ou nada discute de importante em benefícios para a população, mas resolvem criar um parlamento paralelo para lá não fazerem o que também não fazem em suas respectivas Câmaras.
Todos esses mecanismos da inquietação dos políticos – Parlasul, Unale, Parlatino, Parlacrem e outros – nascem e se sustentam sob os olhos cúmplices da imprensa brasileira, regional e local que perdeu o senso crítico. A imprensa está preocupada em perseguir pessoas e não combater as idéias que provocam sangria nos cofres públicos.

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E VIVA NICOLE!

Nasceu na maternidade Lady Center, em João Pessoa, uma moleca chamada Nicole.
A filha de Elsinho Carvalho veio ao mundo com 3,1kg e 48 centímetros para alegria do velho Elsão, secretário-chefe executivo da Casa Civil de Maranhão.

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TELINHAS DA POLÍTICA

Um amigo desta coluna dizia, dia desses, que as TVs Câmara e Assembleia são importantes instrumentos de conscientização de uma parte do eleitorado e de esclarecimento para outra.
“É no sabor dos debates, durante as sessões, que a gente consegue alcançar um pouco do que está acontecendo nas entranhas da política estadual e municipal”, dizia o interlocutor.
“Mesmo que não tenhamos debates acalorados e grandes tribunos, podemos saber o que pensa um lado e outro de um problema”, advertia.
E completou: “Se não fosse a TV Assembleia não estaria com opinião formada a favor do empréstimo do BNDES ao Governo do Estado. E sinto vergonha de ter votado num deputado que está contra a aprovação do projeto”.
Nada mais o interlocutor disse nem lhe foi perguntado.

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

OPINIÃO

QUEM SE VENDEU?
O ex-vereador Watteau Rodrigues é filiado ao PC do B e é o coordenador municipal do Procon. José Bernardino é presidente do PPS e é secretário da Prefeitura de João Pessoa. Ambos estão ocupando esses cargos graças a uma composição política que seus partidos fizeram em nível municipal. Por estarem aboletados nessas cadeiras podem ser acusados de terem “se vendido” ao alcaide pessoense? No entendimento do deputado federal Luiz Couto, presidente estadual do PT, podem.
Luiz Couto foi um dos melhores deputados estaduais que conheci, na Casa de Epitácio Pessoa, nessas três décadas em que me entendo de repórter político. Sério, sóbrio, sincero, honesto e desprovido de qualquer sentimento de vaidade. Coisa mesmo de padre e de um expert em filosofia, a mãe de todas as “logias” (sociologia, psicologia, etc...) que conhecemos.
Couto conquistou seus mandatos de deputado federal às custas de um trabalho árduo em defesa dos direitos humanos, mesmo que alguns equívocos de interpretação o tenham colocado na contramão de segmentos mais conservadores da sociedade (incluindo aí o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto) e deixando transparecer, para a população, que está sempre correndo perigo de morte.
Os corredores e gabinetes da Câmara dos Deputados parecem ter alterado a personalidade do deputado federal Luiz Couto. Tornou-se arredio, trocou a humildade pela arrogância, fala com as pessoas como se estivesse fazendo grande favor, faz ar de enfado no trato com seus semelhantes. Enfim, é outra pessoa.
No aspecto político, Couto fez-se respeitar no Congresso através da Comissão de Direitos Humanos e, como é natural, ambiciona ser o primeiro petista paraibano a conquistar uma cadeira de senador. A direção nacional do PT já sinalizou que o grande objetivo em 2010, além de fazer o sucessor (ou sucessora) de Lula é conquistar o maior número possível de cadeiras no Senado. Para alcançar seu objetivo, entretanto, Couto não parece estar medindo as consequências.
Por isso acusa seus companheiros de partido, secretários estaduais, de “se venderem” a Maranhão em troca de cargos. Qual a diferença entre Giucélia Figueiredo (PT) e Watteau Rodrigues (PC do B) ocupando cargos de primeiro escalão no Governo do Estado e na Prefeitura de João Pessoa? Estão exercendo legitima e legalmente a representação dos seus partidos em face de uma composição política. O presidente estadual do PT sabe disso melhor do que ninguém, mas mesmo assim ataca seus companheiros e companheiras.
É compreensível o posicionamento de Couto. Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. A intolerância não é um vírus nem uma bactéria, mas a mudança de personalidade pode advir em função da convivência com alguém. E intolerância é o que não falta às atuais companhias de Luiz Couto na Prefeitura de João Pessoa.

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O TEMPO PASSA...

O senador Cícero Lucena, como pré-candidato ao Governo do Estado, tem se lançado numa temerária rota defendendo o boicote da Assembleia à aprovação do empréstimo de R$ 191 milhões do BNDES ao Governo do Estado.
Será que Cícero gostaria que a oposição na Câmara, à época em que foi prefeito, boicotasse a liberação dos recursos para construção do viaduto do Cristo ou da iluminação da orla marítima?
Se tivesse boicotado, a Casa de Napoleão Laureano teria evitado alguns posteriores contratempos para o então alcaide pessoense.

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ENTERRO NA UFPB

Há menos de dois meses os estudantes do curso de Comunicação da UFPB fizeram uma passeata de protesto no interior do campus em João Pessoa.
Levaram até um caixão e não era o enterro simbólico de ministros do STF, mas sim de alguns professores do curso.
Os alunos protestavam contra docentes que ganham sem trabalhar, que vivem empanturrando os alunos de “trabalhos” e não dão aulas.
A deficiência do curso é tão grande que a comunidade não soube desse protesto.
Os estudantes, pelo visto, sequer aprenderam a se comunicar com a sociedade.
É uma pena, pois tenho alguns diletos amigos como professores na UFPB (e não apenas no curso de Comunicação).

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sábado, 20 de junho de 2009

OPINIÃO

TEMPO PERDIDO
A maioria dos deputados estaduais ouvida pelo PSonblinebr.com para faqzer um balanço das atividades legislativas deste primeiro semestre de 2009 que está terminando afirmou, peremptoriamente, que o período foi “produtivo”.
Não foi. O semestre, na Assembleia Legislativa, continuou sendo a vergonha de períodos anteriores, com muito blá-bla-bla e poucas discussões de interesse público.
Se faltou produção durante esse tempo, no final faltou discernimento. Há quem esteja apostando na burrice da opinião pública, mas essa aposta pode resultar em sérios prejuízos para alguns parlamentares.
Os deputados confundem as estações. O Legislativo é necessário como instrumento da democracia, mas alguns dos seus integrantes misturam alhos com bugalhos, a maioria não sabe separar o que é trabalho do que é interesse pessoal.
A velha e surrada constatação de que o Poder está servindo aos deputados e não ao bem comum cai como uma luva, mas eis aí um fato que piora a cada dia e se insere naquele contexto da desesperança.
O que fazer com parlamentares tão ruins? Difícil é incutir essa visão na opinião de milhões de pessoas espalhadas por esse imenso território da pequenina e heróica Paraíba para que elas, no momento do voto, se decidam por pessoas que de fato estejam mais interessadas nos projetos para o Estado e menos nas barganhas que podem fazer.
O Poder Legislativo é, de longe, apenas um cabide de emprego. Não há controle de nada naquele sistema. Quem, pelo Brasil afora, acha que a Assembleia do seu Estado é inoperante, precisa vir conhecer a da Paraíba, com raríssimas exceções de parlamentares.
Nesse semestre houve, inclusive, um fato inusitado: um deputado compareceu ao plenário e suscitou surpresa em vários colegas porque o dito cujo há meses não assistia a uma sessão, não participava dos debates e não estava liberado por algum tipo de licença. Simplesmente reapareceu como se tivesse sido obilubilado juntamente com a cantora Elba Ramalho.
Já quase no final do período viu-se, também, outro fato inédito que está registrado nos anais da taquigrafia e nas imagens da TV Assembleia: o líder da oposição presidindo uma sessão na qual se travavam debates acalorados entre situação e oposição a respeito de um relevante projeto governamental de interesse da população. O projeto continua emperrado e todos os seus pares acham que o líder presidir sessões é coisa eticamente aceitável.
Por essas e outras é que ninguém pode comemorar, daquele lado da Praça João Pessoa, que o período foi produtivo. Ao contrário, foi uma lástima. Um momento que deveria, se houvesse possibilidades, de ser apagado da história. Os deputados estaduais paraibanos não são nem de longe o retrato da sociedade paraibana. Sobretudo no quesito “trabalhador”.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

ENROLADOS, NOVAMENTE

Boa parte dos servidores da Assembleia Legislativa participou, nesta terça-feira (16), de uma assembleia convocada pelo Sinpol no auditório da Casa de Epitácio Pessoa.
Em pauta, diversas reivindicações que a administração do deputado Arthur Cunha Lima não vem atendendo e, ao final dos debates, aconteceu o que já era previsto.
Um telefonema de um graduado assessor de Arthur – colocado no posto sempre com o intuito de prejudicar alguém – “garantiu” que, após o recesso do meio de ano, a Mesa vai se debruçar sobre os problemas dos funcionários.
Conversa fiada: nem esse assessor tem interesse em resolver os problemas nem ninguém na Mesa está interessado em resolver problemas de funcionários.
Os servidores da Assembleia saíram da reunião como entraram: com as mãos abanando.
O que a presidente Lourdinha ouviu, por telefone, não foi uma promessa: foi uma mentira.

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GOVERNISTAS CHATEADOS

Membros da bancada do Governo na Assembleia não escondem seu descontentamento com o modus operandi do líder Gervázio Maia.
Parlamentares ligados ao Palácio da Redenção reclamam de que Gervazinho não faz combinações com os colegas.
Trocando em miúdos:não conversa com seus pares.
Num momento delicado como esse, dialogar é fundamental.

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ALGUNS CONTRA MILHÕES

O mais imberbe observador da política paraibana verá o óbvio se debruçar-se sobre o quadro político atual: uma meia dúzia de deputados está disposta a prejudicar a vida de milhões de pessoas.
Esses parlamentares, todos da dita “bancada cassista”, buscam argumentos nos buracos negros de todas as galáxias para justificar a insensatez nesse momento de crise.
São raciocínios enviesados, um jogo imenso de palavras ditas ao léo para explicar essa atitude que não é hostil apenas ao Governo de plantão, mas a milhões de contribuintes paraibanos.
Ao emparedar o Governo Maranhão na Assembleia, contra esse empréstimo do BNDES, os deputados esquecem que esse não é o primeiro nem será o último empréstimo a ser tomado por um Governo na Paraíba.
O senador Cícero Lucena também não fica bem no filme pois há poucos meses o Senado, do qual ele se orgulha de fazer parte, aprovou empréstimo – em dólares – para alguns Estados, inclusive o Ceará onde, segundo alguns, Cícero tem interesses empresariais. Veio a público jogar para a platéia, abandonando uma das suas principais características que é a prudência nos atos.
A cada dia a Paraíba empobrecia na sua atividade política e, agora, chegou ao seu pior nível, graças à minoria da maioria que hoje manipula o Poder Legislativo estadual.

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domingo, 14 de junho de 2009

DA FOLHA DE SP, NESTE DOMINGO (14)

PT submete Estados a interesses do PMDB nas eleições de 2010
A proposta da corrente hegemônica do PT para comandar o partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva formaliza a submissão dos Estados aos interesses da pré-candidatura Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto e define o PMDB como principal "força de centro" a ser conquistada."A base da unidade é a o entendimento da centralidade da eleição da companheira Dilma. Ela deve subordinar todas as esferas da disputa e orientar todos os movimentos políticos do PT da mesma forma que a eleição de Lula submetia todas as nossas ações", diz trecho da plataforma da CNB (Construindo um Novo Brasil) a que a Folha teve acesso.
Na prática, significa que, caso prevaleça a hegemonia da corrente, conforme ocorre no partido há pelo menos uma década, a nova direção trabalhará para "enquadrar" as pré-candidaturas petistas nos Estados que contrariam o interesse de eventuais aliados de Dilma, especialmente o PMDB, na eleição para o Planalto.As eleições internas do PT estão marcadas para dezembro deste ano. José Eduardo Dutra, ex-senador (SE) e presidente da BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras), é o nome da CNB para comandar o partido."A construção de palanques estaduais unitários é uma exigência desse objetivo, independentemente de o PT estar na cabeça de chapa", diz outro trecho da tese da corrente, que, até o dia 18, estará aberta para receber emendas e sugestões.O documento, tratado em sigilo no partido, também deixa claro qual deverá ser a sigla prioritária no que diz respeito às alianças: "A continuidade do nosso projeto político em 2010 está vinculada à capacidade de solidificar um bloco de esquerda progressista no país. Dependerá também da capacidade de agregar forças políticas de centro, principalmente o PMDB".É justamente no desejo de contar com os peemedebistas e aliados de outros partidos em torno de Dilma, ministra da Casa Civil, que esbarra o projeto de alguns líderes petistas, entre eles nomes do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Pernambuco, do Paraná e de São Paulo.Nesses Estados, a chapa da CNB para a direção nacional do PT já estuda subordinar suas pré-candidaturas majoritárias (governos e Senado) aos aliados.Historicamente, ações nesse sentido causaram fissuras e traumas no PT, como o ocorrido em 1998, quando a direção nacional proibiu Vladimir Palmeira de concorrer ao governo do Rio em troca do apoio do PDT à candidatura Lula."Muitas vezes, é mais importante você ter um petista no Senado para garantir uma governabilidade à nossa candidata em caso de vitória", afirmou Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula e um dos membros da CNB.Em outras correntes, no entanto, a proposta é rechaçada. "Não consigo entender. Por que o PMDB exigiria que o PT não tenha candidato em dez Estados? Em nome de quê isso? Não tem cabimento de argumento", disse Raul Pont, ex-prefeito de Porto Alegre (RS), da corrente Mensagem ao Partido, que ainda estuda lançar uma chapa para presidir o PT.O deputado federal André Vargas (PR), da CNB, diz acreditar que todo o partido estará unido. "Hoje, a maioria tem a compreensão de que a candidatura Dilma é mais importante, tanto que os congressos estaduais do PT serão feitos depois do congresso nacional no ano que vem", disse.

JOSÉ ALBERTO BOMBIGDA
REPORTAGEM LOCAL

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O FÔLEGO DE MARANHÃO

O governador José Maranhão demonstrou, nos últimos dias, que tem fôlego de maratonista.
Alguns dos seus secretários dizem, sem meias palavras, que às vezes não aguentam o “pique” do chefe.
Neste sábado (13), por exemplo, ele deu mais uma dessas demonstrações: passou o dia em compromissos políticos – principalmente a misa de Santo Antônio, em Piancó - e, às noite, foi ao forró da educação – onde encontrou sindicalistas e dirigentes de entidades dos professores no Jangada Clube.
Por volta de 1 hora da madrugada esteve no Paço dos Leões para prestigiar o prefeito do Conde, Aluízio Régis, que promovia a festa de casamento da filha, Luciana.

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NOVO BLOCO

O bloco governista na Câmara Municipal ganhou um apelido: Os Desprezados.
E não foram os adversários que cunharam esse epíteto, mas os próprios aliados.
Justificativa: os vereadores que sustentam politicamente a Prefeitura não são convocados para qualquer reunião com o prefeito Ricardo Coutinho, que os despreza olimpicamente.

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GILVAN E O AGRADO

O ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-deputado federal Gilvan Freire deu uma singela explicação quando se afastou do prefeito Ricardo Coutinho:
- Ele (Ricardo) é incapaz de fazer um agrado a alguém.
Quem ouviu a frase foi um deputado do PSB, que concordou da primeira à última letra.

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

LEMBRANDO PERNAMBUCO

No artigo que encabeça seu blog, aqui ao lado, o parceiro Germano Ramalho enaltece o projeto do deputado estadual Dunga Júnior (PTB) que pretende valorizar o forrozeiro paraibano, obrigando que as festas juninas sejam animadas – quando utilizar dinheiro público – por artistas “pé de serra”.
Germano desfia um rosário de argumentos, todos importantes e pertinentes, apoiando a iniciativa do parlamentar do Cariri, filho do velho Dungão de Boqueirão e que, por enquanto, está cuidando das suas vacas de leite.
É necessário, porém, acrescentar aos argumentos de Germano o exemplo de Pernambuco que proibiu, durante o carnaval, o uso de axé e outras baboseiras baianas, nos seus eventos. Em Pernambuco dominam o frevo, o maracatu e outras manifestações culturais locais, sem se importar se os empresários estão ganhando ou perdendo dinheiro. Há outros valores mais importantes.
Dunga Júnior merece parabéns pela iniciativa e Germano, igualmente, por repercutir o tema. Eis porque nosso Ramalho não podia ficar fora da mídia.

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PREFEITURA DA FIRULA

Quem conhece um pouco de administração e muito de marketing sabe que a atual administração municipal, em João Pessoa, é péssima no primeiro aspecto e excelente no segundo.
A Prefeitura de João Pessoa vive, atualmente, de firulas e o Ministério Público – antes interessado em mostrar rigorosidade na dita “fiscalização” - faz de conta que não está vendo o descalabro com o dinheiro público na Capital, sobretudo agora que se fala numa possível composição entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima.
Quem se der ao luxo de observar verá que a PMJP vive de colocar “meia sola”, como se dizia antigamente, em tudo o que vê e nem termina.
João Pessoa é um canteiro de obras...
...inacabadas.
Vá um prefeito do interior fazer o que o da Capital faz e já estaria nas barras da Justiça.
Quando vir alguém derramando-se em elogios à administração de Ricardo Coutinho é porque está pessoalmente ou tem alguém próximo se locupletando dessa firulagem oficial.
Mas os números estão chegando ao Tribunal de Contas.
Qualquer dia desses o pavão voa.

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A GLOBO ESTÁ PENANDO

Está enganado quem pensa que só os pequenos sofrem: os grandes também tem suas cotas de stress.
Que o diga a poderosa Rede Globo que sobrevive do ridículo expediente de empurrar goela abaixo do telespectador o seu projeto de realimentação através dos ídolos de barro que cria nas novelas, nas misséries, etc...
A Globo, há duas semanas, está sendo obrigada a iniciar as chamadas do Fantástico já na segunda-feira, tal o desabamento da audiência do xaroposo programa das noites domingueiras.
Na semana passada, a apresentadora Patrícia Poeta praticamente não saiu dos estúdios da Globo fazendo chamadas “ao vivo” do Fantástico em quase todos os programas.
Tudo isso porque o insosso Fantástico disputa audiência com um ridículo reality show da Record chamado Fazenda, uma imitação grosseira do programa mais imbecil da TV brasileira, o Big Brother.

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NAS NUVENS

Comenta-se que o empresário João Gregório está nas nuvens depois de um encontro com o staff governamental do Estado no restaurante Bargaço.
João não esperava ser tão bem tratado logo no início da nova administração estadual, mas o dinamismo da política paraibana – lembram-se do filósofo Manuel Gaudêncio? – supera tudo que se imagina.
As empresas de João até arrefeceram um pouco a defesa que faziam, com unhas e dentes, da administração de Ricardo Coutinho.

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

OPINIÃO

OS PSBs DA PARAÍBA
Há dois Partidos Socialistas Brasileiros na Paraíba. Há um PSB da Prefeitura de João Pessoa e um PSB do Governo do Estado. Há um PSB amparado na folha de pagamento da Prefeitura da Capital, grudado no prefeito Ricardo Coutinho. Há um outro PSB que acompanha o governador José Maranhão aonde ele estiver.
Dias atrás Maranhão estava na Rádio Tabajara concedendo entre vista aos jornalistas e, com ele, estava o deputado federal Marcondes Gadelha, que é do PSB. Neste fim de semana (como em outros) Maranhão estava em Guarabira e quem estava ao lado dele era o deputado federal Manuel Júnior, que é do PSB.
Ricardo Coutinho tem sido visto em diversos municípios – Mamanguape, Campina Grande, Guarabira e Cabaceiras – e consegue arregimentar, dentre lideranças de peso, o deputado federal Armando Abílio, que é do PTB e não do PSB. O alcaide pessoense consegue atrair, no máximo, pequenas lideranças locais.
É ingenuidade imaginar que alguém pode ser candidato a governador de um Estado perambulando pelos municípios sem a companhia de seus companheiros de partido com mandatos importantes – deputados federais e estaduais – e vendo esses seus correligionários paparicando o governador, que é filiado a outro partido.
Para Ricardo, até onde a vista alcança, Maranhão é um adversário. Para algumas lideranças do PSB paraibano Maranhão continua sendo o mesmo aliado de 2006. E não venham os socialistas municipais dizer que o “racha” deve ser debitado na conta dos parlamentares.
Nada disso. O problema é que o prefeito Ricardo Coutinho imaginou que as proeminentes lideranças do PSB paraibano – como Manuel Júnior, Marcondes Gadelha, Nadja Palitot e Guilherme Almeida, entre outros – se sentiriam intimidados como aconteceu tempos atrás com o PT quando o então deputado hoje alcaide resolveu apostar no “racha” para fazer a careira solo.
O problema, agora, é que as lideranças do PSB que estão com Maranhão tem oxigênio próprio, respiram com seus próprios narizes, não compõem nenhum “coletivo” que lhes obrigue a viver sob a dependência de Coutinho, a não ser pelos critérios da fidelidade partidária.
O egocentrismo de Coutinho parece não ter limites. Está destruindo o PSB como quase destruiu o PT paraibano. O Partido dos Trabalhadores conseguiu se redimir em parte dessas perdas compondo a chapa de Maranhão em 2006 com Luciano Cartaxo. Se Ricardo soubesse que o destino reservaria esse espaço privilegiado para o PT em 2009 por certo não teria deixado a legenda petista.

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sábado, 6 de junho de 2009

QUEM CORRE O RISCO?

Tudo indica que Caixa Econômica e Banco do Brasil entraram nas discussões sobre a compra da folha de pagamento dos funcionários do Estado da Paraíba com o freio-de-mão puxado.
Há quem diga que a CEF não está disposta a pagar R$ 200 milhões para ter a folha do Estado se, dentro de aproximadamente um ano, os servidores terão direito à portabilidade bancária.
Ou seja, o funcionário deverá escolher o banco de sua preferência, conforme lei federal aprovada pouco tempo atrás.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

IVAN BURITY: ARGUMENTO IRRESPONDÍVEL

Quem conhece a família Burity, em quaisquer das suas ramificações, sabe que o episódio do restaurante Gulliver continua insepulto, apesar de um dos seus protagonistas já não estar entre nós.

Talvez nem mesmo o desfecho do caso em nível judicial consiga arrefecer as idiossincrasias existentes na família Burity em relação ao clã Cunha Lima, apesar do poderoso clã campinense sempre procurar apagar da memória aquele triste evento.
O tempo passa, mas não cicatriza as feridas do Gulliver e isso fica latente quando se mergulha em episódios recentes e o mais notório deles foi o pedido de demissão do ex-deputado federal Ivan Burity (foto) de uma das secretarias da Prefeitura de João Pessoa.
Aparentemente, o ex-presidente da PB Tur jogou a toalha porque foi lutar contra os moinhos de vento que uma multinacional instalou para os lados de Camaratuba, no Litoral Norte, mas não foi bem isso o que aconteceu.
Ivan pôs fim à sua colaboração à PMJP com um argumento que julgou irrespondível por parte do alcaide pessoense:
- Ricardo, não vou trabalhar para Cássio Cunha Lima.
É necessário acreditar que ainda há dignidade na atividade política.

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A DERROTA DOS PROCURADORES

A procuradora-geral de Justiça do Estado, Janete Ismael, pagou para ver e perdeu a batalha contra os promotores.
Aconteceu o esperado: os deputados que, juntamente com os prefeitos, morrem de medo das investidas dos promotores, resolveram ficar com a maioria e não aceitar modificar novamente o processo eleitoral no Ministério Público estadual.
A derrota de hoje é consequência do erro de ontem: se não tivesse aberto as porteiras o rebanho não investiria contra os capatazes.

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ALIANÇA BOA PARA UM

Durante conversas que entabulei no fim de semana, aproveitando a abertura do Maior São João do Mundo, deduzi que essa presumida aliança entre Cássio e Ricardo Coutinho, diante de muitos campinenses, só é boa para um lado e é justamente o do ex-Governador.
É voz corrente entre lideranças políticas e empresariais que o voto em Cássio para senador permanece inalterado entre seus seguidores, mas não consegue estendê-lo se aliar-se ao alcaide da Capital.
Resumo da ópera: na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição Ricardo só levaria vantagem por um milagre, mas ele é ateu.

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DRIBLOU

Lula só torce pelo Corinthians porque o Palmeiras tem uma Academia.

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