sexta-feira, 31 de julho de 2009

NADA DE EXCEPCIONAL

Quem acha que a nomeação do promotor Oswaldo Trigueiro do Vale Filho para a principal cadeira do Ministério Público da Paraíba é algo excepcional, está enganado, por vários motivos.
Ponto número um: Oswaldo já foi o mais votado na eleição passada quando Janete Ismael, repetindo a sua primeira eleição, ficou em segundo lugar mas foi nomeada pelo então governador CássioCunha Lima, ferindo a lei do bom senso,
Ponto número dois: era praticamente impossível que os promotores não descarregassem seus votos em Oswaldo Trigueiro nesta oportunidade, depois da mancada dos procuradores tentando – e não conseguindo – mudar as regras do jogo com o jogo correndo.
Ponto número três: nomear o mais votado era o mínimo que se deveria esperar de coerência do governador José Maranhão, que já não necessitava sequer explicar antecipadamente que tomaria essa decisão, pois as urnas – e ele sabe disso melhor que ninguém – deve ter suas vontades respeitadas.
Ponto número quatro: filho de peixe, peixinho é.

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A PATÉTICA ASSEMBLEIA

O plenário da Assembleia Legislativa deixou de ser o palco de grandes tribunos – lembremos-nos de Ronaldo Cunha Lima, Evaldo Gonçalves, Assis Camelo e outros – para se transformar num ambiente patético.
Discursos inflamados a favor – ou contra – causas nobres n]ao existem mais, mas estão sobrando momentos petéticos, pueris, xinbfrins, sob a conivência de uma imprensa despreparada para a cobertura crítica do poder legislativo, com raras exceções, além de amordaçada pelo poder político e garrooteada pela pauta dos donos das empresas de comunicação.
Não precisa ir lá: basta pagar TV a cabo e conferir direto do ambiente em que o contribuinte estiver.
É uma lástima e não existe luz no fim do túnel.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

CRISE NOS MUNICÍPIOS

A crise que atinge os municípios está levando alguns prefeitos paraibanos a procurarem saídas “estratégicas” radicais.
Vários gestores , de tão desesperados, começaram a negociar com o Banco do Brasil as ações da Petrobras que tinham como reservas.
Há quem também esteja recorrendo aos leilões de terrenos para transformá-los em dinheiro para honrar compromissos com o INSS, precatórios e outros.

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ELEIÇÕES NA API

As eleições na Associação Paraibana de Imprensa começam nesta sexta-feira (24) e, se depender deste escrivinhador, Marcela Sitônio entrará com tranquilidade na história da entidade como a primeira mulher a conduzir os destinos da imprensa paraibana.
Passada a eleição será revelada uma situação vivida por Marcela: como administrou, em silêncio, as represálias de alguns dinossáuricos e desqualificados membros da categoria, que se julgam “líderes”.

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

A PRINCIPAL REFLEXÃO

Qual o melhor luigar para fazer proselitismo religioso? O púlpito de uma Igreja, é óbvio. Para o deputado Nivaldo Manuel (PPS), porém, esse lugar é a tribuna da Assembleia. E como os demais parlamentares não exercem a atividade legislativa como deveriam, o misto de político e pastor vai ampliando a divulgação de sua doutrina.
Quantos deputados sabem exatamente a definição do termo “laico” em nossa Assembleia Legislativa? Não arrisco dizer.
Seria bom que o deputado Nivaldo Manuel respeitasse as demais religiões. Não importa se há outros evangélicos, se há católicos, umbandistas, budistas ou muçulmanos na Casa de Epitácio Pessoa. Ninguém é obrigado a se submeter aos caprichos de um só parlamentar somente porque ele quer professar sua fé, que por sua merece e deve ser respeitada, mas sem invadir a consciência alheia.
A principal reflexão a ser feita na Assembleia não é a de cunho religioso, mas a de cunho político, em nome de um desenvolvimento que a Paraíba reclama de seus homens públicos. Que o deputado Nivaldo Manuel, com todo respeito, deixe as orações para as igrejas e cuide de apresentar projetos que beneficiem a população paraibana.

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JOÃO, O IMITADOR

Poucos sabem, mas o deputado João Gonçalves (PSDB) é um exímio imitador do presidente Lula.
Reservadamente, ele delicia as pessoas com imitações quase perfeitas daquele que Élio Gáspari chama de “Nosso Guia”.

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IRAÊ E A COMENDA

A deputada Iraê Lucena (PMDB) está feliz da vida com uma iniciativa do deputado tucano Pedro Medeiros: vai receber a Medalha do Mérito “Senador Humberto Lucena”.
“Nada melhor do que receber uma honraria com o nome do meu pai”, me disse Iraê, que revelou o desejo de fazer um grande evento quando for receber a comenda.
Será provavelmente no dia 9 de setembro, no hotel Tambaú.

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ZECA E O TJ

Se fosse advogado, com direito a voto na OAB, não teria dúvidas de cravar o voto no amigo Zé Ricardo Porto para desembargador.
A vaga da OAB, no Tribunal de Justiça, não poderia estar em melhor mãos, até por história familiar.
O pai de Zeca, o saudoso Sílvio Pélico Porto, fez história como parlamentar e como ocupante de uma das cadeiras do Pleno do TJ.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

JOGO DE CENA

Por que o governador José Maranhão (PMDB) e o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB) ainda não assumiram publicamente que estão rompidos politicamente? Essa é a pergunta que não quer calar em todos os ambientes onde se respira política, na Capital e no interior.
Há quem admita que Maranhão e Ricardo ainda não deram o primeiro passo na direção contrária, um ao outro, com receio de que isso possa arranhar a imagem, junto à sociedade, de quem tomar a iniciativa do afastamento. É uma explicação, por mais piegas que possa parecer.
Outros acreditam que os dois líderes políticos aguardam aquilo que chamam de “momento certo” para jogar os tanques sobre o outro de forma a deixá-lo irremediavelmente batido, acabrunhado e concenado a ficar se explicando pelos quatro cantos da Paraíba.
Sejam quais forem os motivos para que Maranhão e Ricardo ainda não assumam que já são desafetos políticos, que as alianças anteriores caíram no mar revolto das perspectivas de 2010, o certo é que mais uma vez estão tentando encobrir uma realidade que só os desinformados ainda não perceberam.
Muitos são os pontos visíveis desse rompimento mostrados tanto por Maranhão quanto pelo Prefeito. Logo nos primeiros dias da administração do novo Governador, por exemplo, houve diversas exonerações em cargos de confiança, na Prefeitura da Capital, de pessoas vinculadas a integrantes da equipe do Maranhão III. A proibição para que deputados do PSB ocupassem cargos na equipe governamental foi outra demonstração explícita de retaliação.
Do outro lado do balcão, o convite para que o deputado Guilherme Almeida (PSB) ocupasse uma secretaria de Estado em Campina Grande feito por Maranhão também soou como um sinal de alerta de que o Palácio da Redenção estava disposto a derrubar alguns pontos de resistência de Ricardo Coutinho numa área importante como a Serra da Borborema.
O que se observa, porém, é que mais uma vez as brigas políticas – como já é praxe na Paraíba – terminam resvalando para piorar o que já é péssimo, ou seja, as administrações públicas podem ser prejudicadas e isso é facilmente comprovado com as acusações feitas à Cagepa e os devidos desmentidos.
Por essas e outras razões e que se deve insistir: pelo tamanho da responsabilidade que ambos – Maranhão e Ricardo - teem na solução de problemas do povo paraibano é que se pede: consolidem as alianças políticas ou rompam-nas de vez. Esse tipo de convivência é como confiança, liberdade ou virgindade: não há emio termo.

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BOLA CHEIA

O senador Cícero Lucena (PSDB) sentiu seu balão inflar quando o governador e presidenciável José Serra fez-lhe rasgados elogios em entrevista a uma emissora de rádio de João Pessoa.
O problema é que os afagos de Serra podem ser importantes, mas importantíssimos são os de Cássio.
Que, até agora, só são endereçados a Ricardo Coutinho.

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É SÓ COINCIDÊNCIA

O Palácio da Redenção distribuiu a agenda do governador José Maranhão nesta sexta-feira (17) anunciando que irá a Campina Grande participar dos festejos pelos 60 anos da Fiep e, depois, a Alagoa Nova, no Parque da Lagoa.
Imaginem quem já estava programado para participar dos dois eventos?
Acertou quem pensou “deputado João Gonçalves (PSDB)”.
Com bom humor, João diz apenas que o possível encontro com Maranhão será “mera coincidência”.

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sábado, 11 de julho de 2009

A REUNIÃO DOS GOVERNADORES

Seis governadores, um vice-governador e dois secretários estaduais de Planejamento de Estados do Nordeste se reuniram em João Pessoa nesta sexta-feira (10) e tiveram a companhia de três ministros que, convenhamos, não representam estrelas de primeira grandeza do Governo Lula porque são os que tem os menores orçamentos da Esplanada: Luiz Barreto (Turismo), Juca Ferreira (Cultura) e Orlando Silva (Esportes).
Para uma região problemática como o Nordeste e um Estado pobre como a Paraíba, nada mau. Poderia ser melhor se Lula mandasse, por exemplo, o Ministro do Planejamento vir sentir o cheiro da maresia ou destacar a pré-candidata Dilma Roussef para invocar as bênçãos de Iemanjá nas águas de Tambaú. Esses dois, sim, tem peso nas reuniões ministeriais e voz forte na definição dos gastos orçamentários.
Os governadores tentaram dar uma conotação técnica à reunião, sobretudo por conta da urgência em resolver problemas na área do turismo e devido à aproximação dos prazos para abertura dos processos licitatórios visando as obras necessárias para viabilizar a Copa de 2014 em alguns Estados. Mas a reunião, pela árida carta distribuída ao final do encontro diz bem dos objetivos políticos que permeavam essa reunião.
Os governadores tentam dar a impressão de que o Nordeste está unido. Pode até estar em alguns aspectos, sobretudo na política, porque Lula tem como aliada a maioria dos governadores. O problema é que união não gera emprego, renda, comida, desenvolvimento, etc. Tudo isso precisa de políticas públicas e essas só podem ser implementadas com dinheiro, coisa que o Governo Lula – como todos os outros – gosta muito de arrecadar, mas não gosta de liberar.
Dos 15 itens da chamada Carta de João Pessoa, oito são dedicados à cultura. É bom saber que o Governo Lula se preocupa tanto com a cultura, o ministério que proporcionalmente teve mais verbas contingenciadas quando se descobriu que a crise econômica mundial não era uma marolinha.
Será difícil descobrir a real finalidade dessa reunião dos governadores nordestinos, mas espera-se que seja ela qual for consiga sensibilizar o Governo Federal para os problemas do mundo real num Estado como a Paraíba, espremida entre gigantes que recebem portos, aeroportos, siderúrgicas e refinarias. Aqui, quando muito, caem algumas migalhas.

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TIÃO TÁ CERTO

Concordo em gênero, número e grau com Tião Lucena:
Alguns integrantes do Governo Maranhão ainda estão pisando no chão porque a lei da gravidade não foi revogada.
Algumas sequer demonstraram competência, até agora, para justificar suas escolhas para alguns cargos.
Pelo ar de enfado que colocam diante do nariz deveriam estar na equipe do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho.

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ZENÓBIO IRRECONHECÍVEL

Desde 27 de maio, quando o pedido de autorização feito pelo Governo do Estado para contrair o empréstimo de R$ 191 milhões junto ao BNDES chegou ao Poder Legislativo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Zenóbio Toscano, está irreconhecível.
Outrora um parlamentar mais do que ponderado nas funções que exerceu, dentro e fora da Assembleia, Zenóbio revestiu-se de uma armadura bélica intransponível depois de ascender à cadeira mais importante da CCJ. Tem colocado a experiência, a vivência, a inteligência e principalmente o conhecimento da burocracia legislativa para torpedear o Governo e, por via de consequência, quase provocar uma paralisia no desenvolvimento do Estado.
A lógica recomenda observar que Zenóbio está jogando um jogo e, como qualquer outro jogo, existem regras de probabilidades. Pode acabar ganhando, mas pode perder. Se der certo, o que é improvável, não cai sozinho, mas leva a Paraíba junto. Se acertar, manda um pedaço da Paraíba para o quinto dos infernos e uma parte considerável desse Estado sai perdendo.
A lógica também manda lembrar uma frase constantemente repetida pelo falecido governador Antônio Mariz: “Jabuti não sobe em árvore. Se você vir um jabuti em cima de uma árvore é porque alguém o colocou lá”. Zenóbio está na presidência da CCJ porque alguém o colocou lá e o colocou com uma certeza: a de que ele iria defender, com unhas e dentes, os interesses de quem o colocou lá.
Os interesses políticos e não-políticos que movem Zenóbio na poderosa CCJ não são, na essência, muito diferentes dos interesses políticos e não-políticos que movem Arthur Cunha Lima na presidência da Assembleia Legislativa e de José Maranhão no Governo do Estado. Todos estão, de uma forma ou de outra, defendendo os seus interesses políticos e não-políticos.
Os outros 34 deputados da Casa de Napoleão Laureano, nos últimos dias, tem sido tratados como coadjuvantes desse jogo. Quer sejam de Situação ou de Oposição, a maioria – e bote maioria nisso! – de deputados estaduais está à deriva, atua na Casa de Epitácio Pessoa ao sabor das vontades de um comandante – Arthur Cunha Lima – e de um subcomandante – Zenóbio Toscano. Os deputados são barquinhos soltos na imensidão de um mar revolto. Querem acabar com o confronto entre Legislativo e Executivo, mas como desconhecem o sentido da palavra “coletivo” são facilmente manipuláveis.
Na essência desse problema observa-se que os deputados paraibanos – como todos os demais deste país - atuam individualmente, não tem nenhuma afinidade uns com os outros, conversam entre si mais por sociabilidade ou necessidade profissional do que por finalidade.
Zenóbio não devia manchar sua biografia associado à falta de senso de alguns dos seus aliados. A Paraíba não merece o que está acontecendo na Assembleia Legislativa.

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